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Foto: Amazônia
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A Noruega anunciou que vai retomar seu investimento em um fundo para a proteção da Amazônia. A informação foi confirmada por autoridades norueguesas após “Tivemos uma boa e muito próxima colaboração com o governo antes de Bolsonaro e o desmatamento no Brasil diminuiu muito sob a presidência de Lula da Silva”, disse à agência AFP o ministro do Meio Ambiente da Noruega, Espen Barth Eide.

A Noruega foi o maior doador para a proteção da Floresta Amazônica, mas, como a Alemanha, interrompeu sua ajuda ao Brasil em 2019, depois que Bolsonaro assumiu o poder. “Conversaremos com a equipe dele (Lula) para preparar as formalidades e montar uma estrutura de gestão”, disse o ministro norueguês à imprensa do país. “Há
quantias significativas congeladas em uma conta no Brasil no Fundo Amazônia, que podem ser desembolsadas rapidamente.”

Brasil e Noruega estabeleceram durante a gestão de Lula um fundo de cooperação internacional de mais de 1 bilhão de dólares, sob administração do BNDES e instituições norueguesas. Mas, em 2019, o governo de Jair Bolsonaro colocou novas exigências que acabaram levando ao encerramento da transferência de recursos. “Houve
um aumento maciço do desmatamento sob Bolsonaro, o que tem sido muito preocupante. Todo mundo preocupado com o clima viu dolorosamente como ele desrespeitou completamente os antigos acordos e promessas”, disse Barth Eide.

“Observamos que, durante a campanha, ele (Lula) enfatizou a conservação da Floresta Amazônica e a proteção dos povos indígenas da Amazônia”, disse Barth Eide. “Por isso, estamos ansiosos para entrar em contato com suas equipes, o mais rápido possível, para nos prepararmos para a retomada da historicamente boa colaboração entre Brasil e Noruega.” No discurso da vitória, Lula enfatizou a importância da questão climática e das relações internacionais do Brasil. O presidente eleito prometeu empenho na política do desmatamento zero e afirmou que o Brasil está “pronto para recuperar seu lugar na luta contra a crise climática, especialmente a Amazônia.”

Fonte:

Larissa Quintino
Veja/AFP

 

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